quinta-feira, 11 de julho de 2013

O CASAMENTO HOMOSSEXUAL É PROIBIDO PELA ESCRITURA SAGRADA.

A homossexualidade é “a condição de atração sexual em relação à uma pessoa do mesmo sexo” (GRENZ; SMITH, 2005, p. 83). A prática homossexual é a relação sexual entre pessoas do mesmo sexo.
O homossexualismo feminino é denominado de lesbianismo e o homossexualismo masculino é denominado de pederastia. O termo lesbianismo é derivado da Ilha de Lesbos, ilha grega onde morava o poeta Safos. Este encorajava as mulheres a se envolverem sexualmente com outras mulheres, e isto como parte da sua devoção à deusa Afrodite (GRENZ; SMITH, 2005, p. 106).
            O termo pederastia (homossexualismo masculino) é uma referência da relação sexual entre um homem mais velho, denominado erastes, e um rapaz, denominado erômenos, na Grécia Antiga (VALDECI., 2006b, p. 8).
Carlos Tadeu Grzybowsky (2003, p. 76-77) tem ainda, outras importantes informações sobre o homossexualismo:

Tecnicamente o termo empregado pela psicanálise para designar a homossexualidade é inversão. Invertido é o sujeito que tem sentimentos sexuais contrários à natureza biológica. Ou seja, que tem a atração sexual por indivíduos do mesmo sexo ou mantém com eles relações sexuais. Didaticamente podem ser dividido em:
   Absolutos: os que têm como objeto sexual elementos exclusivamente do próprio sexo, possuindo até mesmo aversão pelo sexo oposto.
   Anfligênicos: elementos cujos objetos sexuais tanto podem ser do próprio sexo como do sexo oposto – hoje popularmente conhecidos como bissexuais.
   Ocasionais: indivíduos que optam por um objeto sexual do mesmo sexo em função de certas condições exteriores (guerra, escolas internas, viver entre marinheiros etc.)

 A Palavra de Deus se manifesta peremptoriamente contrária quanto ao homossexualismo. Mas a despeito disso, tem crescido o homossexualismo; e isto tem ocorrido até mesmo entre os cristãos. A “Teologia Gay” tem crescido e ganhado cada vez mais adeptos no meio evangélico. Já há em nossos dias, pastoras e pastores gays ordenados, membros gays que comungam em suas igrejas, e até mesmo igrejas voltadas para o púbico gay. Joe Dallas (1998, p. 23-25, 82-83) relaciona algumas denominações ou grupos dentro das denominações americanas que já aceitam o homossexualismo ou no mínimo dialogam abertamente e favoravelmente com o movimento pró-homossexualismo. E entre elas estão: Igrejas Batistas Americanas, Igreja Epscopal, Igrejas Presbiterianas, Igrejas Metodistas Unidas, Igreja Reformada da América, Igreja Evangélica Luterana da América, Adventistas do Sétimo Dia, Quakers.
Mesmo no Brasil não estamos livres da “Teologia Gay”, pois, já existem alguns focos de igrejas que se autodenominam evangélicas, que são direcionadas para o público homossexual. Já existem também três países que já legalizaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo: Bélgica, Holanda, Espanha. Estes três países são de origem Cristã. Isso demonstra que os valores Cristãos têm sido distorcidos, ou quando não negados e esquecidos. E é justamente por isso que se faz mister tratar desse assunto.
Diante desta temerária realidade John Ankerberg e John Weldon (1997, p. 52) lamentam: “É triste ter de reconhecer que, na verdade, a própria Igreja, cuja missão é sustentar a vida e a piedade, está à frente promovendo o pecado e a morte”.
A despeito da expressa proibição e condenação dessa conduta imoral, os teólogos da “Teologia Gay” se arvoram a fazer suas “exegeses” (eisegeses) sobre textos bíblicos que condenam a prática homossexual. Da mesma forma procuram encontrar apoio bíblico para suas torpezas e imoralidades. Vejamos alguns desses textos em que os teólogos do movimento gay afirmam existir relações homossexuais: “Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; tu eras amabilíssimo para comigo! Excepcional era o teu amor, ultrapassando o amor de mulheres”. (II Samuel 1:26)
Este versículo narra o sentimento de Davi por Jônatas. Este, talvez, seja o texto mais usado pelos homossexuais, especialmente masculinos. Entretanto, não há aqui uma declaração de amor homossexual, apenas, a declaração de amor de um homem para aquele que tornou um grande amigo. O argumento de que este texto provaria a homossexualidade está apoiado, não na clareza e objetividade do texto, mas, numa inferência tendenciosa. A história de Davi relatada nas páginas da bíblia revela-nos que ele não era homossexual. O mais trágico acontecimento de sua vida mostra que ele pecou de forma heterossexual.     
Outro caso que, segundo a teologia pró-homossexualismo, configura uma relação de pessoas do mesmo sexo é a relação de Rute e Noemi. Vejamos o texto: “Disse, porém, Rute: não me instes para que te deixe e me obrigue a não segui-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o Senhor o que bem lhe aprouver, se outra cousa que não seja a morte me separar de ti”(Rute 1:16-17).
Segundo a teologia pró-homossexualismo esta é uma flagrante prova de um homossexualismo feminino. Acreditam que aqui consta uma declaração de amor conjugal de Rute para sua sogra Noemi. No entanto este texto em nenhum momento prova que esta manifestação de Rute era homossexual. Affonso Zuin (1998, p. 64) diz que esta passagem não tem o amor erótico como tema. Contêm, sim, uma declaração pública de respeito, apreço e grande amizade entre Rute e Noemi e fazendo uma análise no livro de Rute percebe-se que ela casou com um homem.
Hernandes Dias Lopes (2005, p. 27) com muita propriedade defende que o “amor” entre pessoas do mesmo sexo não é uma justificativa para a relação homossexual. Ele escreveu:

A união entre dois homens ou duas mulheres não forma uma família abençoada por Deus, mas um ajuntamento abominável aos olhos do Senhor. Esse tipo de união não pode gerar filhos nem criá-los segundo os padrões da sã doutrina e da ética sustentável. A união homossexual não pode ser vista como uma união de amor, mas de paixão infame. O amor é um sentimento que emana de Deus, portanto é santo e puro. O verdadeiro amor procede de Deus por que Deus é amor. 
           
O movimento da teologia pró-homossexualismo chega a levantar a suspeita de que o Senhor Jesus Cristo era homossexual. Suas suspeitas são[1]:

·         Jesus era um homem delicado e sensível, pois fala dos lírios do campo.
·         Jesus conviveu predominantemente com homens (os apóstolos)
·         Jesus era amigo das mulheres.
·         Muitos querem deixar em duvida a relação que Jesus tinha com João.

Estas “exegeses” (eisegeses) e interpretações são baseadas em suposições e não em fatos concretos, nem na revelação bíblica. Diante desta teologia que tem se avolumado nos círculos cristãos, é necessário, apresentar o que as Escrituras Sagradas dizem a respeito da relação homossexual.
Allan Myatt, comentando sobre  do perigo da homossexualidade, alerta:

Que o casamento é uma união de membros do sexo oposto é algo tão profundamente arraigado na natureza humana que ele tem sido assumido, sempre em todo lugar, sendo fato sem qualquer discussão. Até mesmo em sociedades como a antiga Grécia e Roma, onde as relações homossexuais e até mesmo pedófilas eram aceitas liberalmente e liberalmente toleradas, nunca imaginaram que o casamento poderia ser algo senão a união de macho e fêmea. Todavia, hoje, em seu movimento mais arrogante, a cultura pós-moderna ousa derrubar o consenso de toda história humana para entrar numa experiência que destruirá a própria natureza do que ela tão desesperadamente desejar redefinir como lhe agrade. Pois tal destruição será o resultado inevitável.
           
Diante dessa perplexa realidade veremos o que as Escrituras Sagradas nos dizem a respeito do pratica sexual entre pessoas do mesmo sexo. O casamento entre pessoas do mesmo sexo é proibido pelos seguintes aspectos: é estéril, é condenado, e é contrário à natureza.

1) O "CASAMENTO" HOMOSSEXUAL É ESTÉRIL

            Quando Deus estabeleceu a ordem da procriação disse: “Sede Fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra” (Gn 1:28). Em um casamento, ou união sexual, entre pessoas do mesmo sexo não pode haver o cumprimento desse mandato. Um homem não pode fecundar outro homem, nem uma mulher pode fecundar outra mulher. Deus em sua onisciência, e sabedoria fez o homem com o sêmen, e a mulher com o óvulo. Somente o sêmen pode fecundar o óvulo; não há outra forma. O órgão sexual feminino foi feito para receber o órgão sexual masculino. Comentando sobre isso Harriet e Gerard Van Groningen (2002, p. 46) escrevem:

O termo hebreu para o homem descrito em termos físicos é o que entra, e a mulher é referida como aquela que é entrada e assim a união física acontece. Tem de haver esse complementar um do outro. A união heterossexual é ordem de Deus. Nenhuma outra união sexual o é. (grifo nosso)
  
E em sua obra Criação e Consumação (2002, p. 86), o Dr. Van Groningen amplia esta idéia:

Pode ser argumentado que, assim como os termos ‘macho’ e ‘fêmea’ enfatizam distinção sexual dentro da humanidade, ele também indicam um aspecto complementar. Em hebraico, as expressões podem ser descritivas. O termo zākār tem uma variedade de nuanças no significado. Como verbo, significa lembrar, e vários substantivos são derivados deste sentido. A forma adjetiva assim como a forma substantiva dão a idéia de macho. Presume-se que a idéia de macho seja originária do sentido de ‘pontiagudo,afiado’. O termo něqēbâ’ é uma forma feminina do substantivo neqeb, que significa um buraco ou cavidade. O pensamento principal, no entanto, no contexto de Gênesis 1.27, é que a humanidade tem a benção da fertilidade. No exercício da intimidade amorosa que pode ser experimentada por causa da sua construção física, a fertilidade torna-se uma [sic] da vida. (grifo nosso)

Como podemos observar somente em uma relação heterossexual pode haver fecundação. Anatomicamente, o corpo humano masculino e o feminino são diferentes, mas são exatamente complementares. Se o casamento homossexual fosse correto e admitido por Deus, ele poderia ter feito um parceiro do mesmo sexo para Adão. Todavia, Deus fez uma mulher. E isso não foi à toa; foi proposital. Deus fez o primeiro casal para ser modelo para toda a humanidade. Pessoas do mesmo sexo não se complementam, não geram vida; logo, não cumprem a ordem da procriação e perpetuação da raça. Deus disse: “Sede Fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra”, - no entanto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo não pode ser fecundo, nem multiplicar, nem encher a terra. O Dr. Valdeci da Silva Santos (2006b, p. 42) ensina que “Deus criou a humanidade com uma diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação”.
            Imaginemos que Adão, Noé, Abraão, Davi, fossem homossexuais. Se Adão fosse homossexual a humanidade se limitaria a Adão e Eva. Se Noé fosse homossexual não haveria a continuidade da humanidade, visto que, sua família foi poupada por Deus no dilúvio. Se Abraão fosse homossexual, não haveria a promessa de serem benditas todas as famílias da terra. Se Davi fosse homossexual não teria descendentes para que Jesus viesse ao mundo. Jesus não poderia ser considerado filho de Davi, nem poderia herdar o seu reino. Por que estes homens cumpriram o mandato social da procriação é que foi possível a vinda do Salvador.
Joe Dallas (1998, p. 197) afirma: “O propósito de Deus para o relacionamento sexual do ser humano limita-se à união heterossexual entre homem e mulher no casamento”.
A relação sexual, isto é, o casamento que cumpre o mandato social da procriação não pode ser encontrado num “casal homossexual”, por ser estéril. Por isso, casamento entre pessoas do mesmo sexo está totalmente fora dos propósitos de Deus para a humanidade. 

2) O CASAMENTO HOMOSSEXUAL É CONTRÁRIO À NATUREZA

O movimento da “Teologia Gay” procura defender que a homossexualidade é uma condição biológica. Isto é, que uma pessoa não se torna homossexual por opção, mas por genética. Esta é a forma que eles têm de justificar a sua condição.
Nos Estados Unidos alguns cientistas tentam provar que a homossexualidade não é anti-natural, mas biológica. No entanto, as suas pesquisas e conclusões nunca foram aceitas pela comunidade cientifica. Suas metodologias são facilmente questionáveis e refutáveis. Em muitos casos tais pesquisas são feitas por cientistas homossexuais que fazem conclusões tendenciosas.[2]
Como já podemos ver no tópico anterior, a forma como Deus criou o corpo do macho e da fêmea prova que só assim pode haver vida, isto é, fecundação. Por isso, não podemos deixar de observar que o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, ou casamento homossexual é contrário à natureza. A forma natural é o contato sexual entre um homem e uma mulher. Podemos inferir isso do texto de Levítico 18: 22: “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação” (grifo nosso). A clausula “como se fosse mulher”, já indica que esta prática sexual é anti-natural. Um homem não pode fazer com que outro homem seja mulher. Homem é homem e mulher é mulher.
            Outro texto bíblico que denuncia a anti-naturalidade das relações homossexuais, é Romanos 1:26-27 é, vejamos:

Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro. (grifo nosso)
  
Este texto fala do homossexualismo tanto masculino como feminino. E concordando com esta opinião o Dr. Valdeci (2003, p. 103) diz que neste texto Paulo distingue entre o homossexualismo masculino e o feminino. Esta passagem escrita por Paulo, aos crentes de Roma, afirma diretamente que relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são contrárias à natureza. O contato sexual natural é do homem com a mulher. “A não-naturalidade do homossexualismo é vista, também, no fato de que tal prática é incapaz de obedecer à ordem divina quanto à procriação” (VALDECI., 2006b, p. 45). Ou seja, o homossexualismo é tanto estéril quanto contrário à natureza.
Joe Dallas (1998, p. 205) faz uma importante contribuição ao comentar o texto acima:

Quando ele (Paulo) fala de ‘homens’ e ‘mulheres’ nesses versículos, ele escolhe os termos gregos que mais destacam a biologia: arsenes e theleias. As duas palavras são raramente usadas no Novo Testamento; quando aparecem, é em versículos que querem enfatizar o sexo do sujeito, como em uma criança masculina (arsenes). Nesse contexto, Paulo está dizendo bem especificamente que o comportamento homossexual destas pessoas não lhes era natural como homens e mulheres (arsenes e theleias); ele não está levando em consideração nada do tipo ‘orientação sexual’. Ele está dizendo, em outras palavras, que o homossexualismo é biologicamente contrário à natureza – não só para heterossexuais, mas para qualquer pessoa.

É inegável que o homossexualismo é contrário à ordem da Criação. Os Drs. William Cutrer e Sandra Glahn (2001, p. 43) ao observarem o homem e a mulher como criação perfeita de Deus, concluem: “Quando examinamos as anatomias feminina e masculina separadamente e percebemos como elas funcionam juntas, vemos, atrás de tudo, um Criador inteligente e sábio”. 
A prática homossexual é uma tentativa (mesmo que inconsciente) de querer desmerecer a grandeza e glória da sabedoria divina no ato criador. É exatamente, uma afronta à sabedoria e à verdade de Deus. Como Paulo afirma que os que assim se conduzem “mudaram a verdade de Deus em mentira” (Rm 1:25).

3) O CASAMENTO HOMOSSEXUAL É CONDENADO

A liderança do movimento “gay cristão” tem defendido que o homossexualismo é ordenado pelo próprio Deus. Joe Dallas (1998, p. 22) captou algumas frases que sugerem essa idéia:

Aprendi a aceitar e até a celebrar minha orientação sexual como um dos dons de Deus (Mel White, escritor homossexual).

Como podemos continuar tendo vergonha de algo que Deus criou? Sim, Deus criou os homossexuais e o homossexualismo (Rev. Troy Perry, fundador da Metropolitan Community Church).

Agradeci a Deus pelo dom de ser homossexual (Pastor Malcom Boyd, pastor homossexual).

A agenda desse movimento é a de procurar fazer com que os cristãos evangélicos, aceitem o homossexualismo como uma dádiva dada pelo próprio Deus. Em sua maioria, são homossexuais que estavam dentro das igrejas evangélicas e que agora se uniram em igrejas e grupos organizados para defenderem seus “direitos”. Buscam o direito de professar a fé Cristã, sem arrependerem-se de seus pecados. Por isso, se faz necessário saber que as Escrituras Sagradas condenam veementemente o homossexualismo, antes que as bandeiras da teologia homossexual sejam fincadas no meio de nossa teologia, de nossas Igrejas, a até mesmo nas famílias cristãs.        
Não bastassem serem proibidas, estéreis e anti-naturais, as relações e casamentos homossexuais também são condenadas por Deus. Em Levítico 18:22 a prática homossexual é condenada com os seguintes termos: “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação” (grifo nosso). O termo “Abominação” significa: detestável, odioso. Aos olhos de Deus é detestável e odioso. No final do capítulo 18, no versículo 29 Deus diz: “Todo aquele que fizer alguma destas abominações, sim, aqueles que as cometerem serão eliminados do povo de Deus”. Ou seja, essa eliminação era a própria morte. O homossexualismo era tão condenado e hediondo, que a pessoa que praticasse deveria morrer. Isto pode ser visto também em Levítico 20:13: “Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável, serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles”. Geralmente, as penas capitais do Antigo Testamento serviam para que a sociedade (Israel) não ficasse exposta ao contato com vários tipos de pecados e abominações.
            A conduta homossexual não é condenada somente no Antigo Testamento. No Novo Testamento também o é, mas a condenação não é a pena de morte, e sim a morte eterna. Em Romanos, capítulo 1 o apóstolo Paulo faz veementes declarações contra o homossexualismo masculino e feminino:

Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro. E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes [...] Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passiveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem. (Romanos 1:26-28,32)

Jay Adams (1984, p. 138), analisa:

No versículo 26, Paulo fala da homossexualidade como ‘paixão infame’, no versículo 27, como ‘torpeza’ e ‘erro’, no versículo 28 como ‘coisa inconveniente’, praticada como decorrência de uma ‘disposição mental reprovável’, e no versículo 32 declara que os que se dão a tais práticas são ‘passiveis de morte’.

É inegável que neste texto há a mais clara e veemente denúncia contra o homossexualismo. Os termos que Paulo usa para condenar esta prática não poderiam ser mais claros.  Para Paulo este pecado é fruto de corações corrompidos e que estão em franca oposição ao próprio Deus. Tais pessoas são indesculpáveis. Paulo os considera como pecadores que dão vazões às perversões morais, e não como pessoas geneticamente nascidas com essa tendência.
Escrevendo aos Coríntios, Paulo afirma categoricamente que os homossexuais não herdarão o reino de Deus:

Ou não sabeis que os injustos não herdaram o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idolatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reio de Deus (1Co 6:9-10). (grifo nosso)

Neste caso o apóstolo Paulo usa duas palavras distintas para descrever o homossexualismo: “m” (Malakoi) e “avrsenokoi/tai” (Arsenokoitai)[3]. Fazendo uma analise dessas palavras John Stott (1993, p. 173) escreveu:

As duas palavras gregas malakoi e arsenokoitai não deveriam ser combinadas, pois têm ‘significados exatos’. A primeira é literalmente ‘macia ao toque’ e, metaforicamente, entre os gregos, significava machos (não necessariamente rapazes) que representavam o papel passivo no intercurso homossexual. A segunda significa, literalmente, ‘macho na cama’ e os gregos usavam esta expressão para descrever aquele que ficava com o papel ativo.

Não herdar o reino de Deus significa estar fora da vida eterna e receber o juízo de Deus (DAVID, 2001, p. 93). A idéia de herdar o reino de Deus é a de ser salvo por Deus e fazer parte do povo do Reino de Deus. Assim, o que Paulo afirma é que os que vivem na prática dos pecados, acima, relacionado, estão condenados à perdição eterna. Essas condutas imorais são incompatíveis com a moral de Deus, com o seu reino, e com os cidadãos desse reino.
 Outro texto que condena a prática homossexual I Timóteo 1:8-10:

Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela se utiliza de modo legitimo, tendo em vista que não se promulga a lei para quem é justo, mas para transgressores e rebeldes, irreverentes, e pecadores, ímpios e profanos, parricidas e matricidas, homicidas, sodomitas, raptores de homens, mentirosos, perjuros e para tudo que se opõem à sã doutrina. (grifo nosso)
  
A referida lei que o apóstolo Paulo comenta é a Palavra de Deus, a lei mosaica (HENDRIKSEN, W., 2001, p. 86), que condenavam veementemente os pecados elencados por Paulo, entre os quais está relacionado a sodomia (homossexualismo). Os princípios morais da lei mosaica são quebrados quando tais pecados são praticados. É importante lembrar que ao relacionar todas essas condutas reprovadas, o apóstolo afirma que os que tais coisas praticam se opõem à sã doutrina. Por isso, é para estes que a lei é promulgada; para denunciar e condenar seus atos imorais. Fica claro que as condutas descritas e reprovadas por Paulo neste texto são incompatíveis com a lei e com o evangelho de Jesus Cristo.
Observando os textos acima analisados em nenhum deles o homossexualismo aparece sozinho, pelo contrário, Paulo relaciona outros tantos pecados, e os coloca em pé de igualdade com a prática homossexual. Portanto, dizer que o homossexualismo, não é pecado (como quer afirmar o movimento da teologia homossexual), implicaria necessariamente em afirmar que as demais condutas relacionadas também não são pecados.  
É necessário chamar atenção para o fato de que “Paulo considera o homossexualismo como um sintoma da humanidade caída, e o retrata como não natural e indecente” (DALLAS, 1998, p. 204).
Como pôde ser visto casamentos de pessoas do mesmo sexo são estéreis, proibidos e condenados por Deus, por isso, não correspondem nem podem cumprir ao mandato social. A união homossexual deve ser considerada como uma conduta pecaminosa, fora dos padrões de Deus. O padrão que Deus estabeleceu para o matrimônio e para a sexualidade correta e sadia é a relação entre um homem e uma mulher. Qualquer conduta contrária a esta é uma afronta a Deus.
Joe Dallas (1998, p. 198) conclui: “o heterossexualismo é exaltado em toda a Bíblia, mas nenhuma vez relação homossexual é mencionada a não ser em termos negativos”.





Este texto é uma parte adaptada do trabalho acadêmico, apresenta para o Seminário Presbiteriano José Manoel da Conceição, Presbitério Metropolitano de São Paulo, e a Universidade Presbiteriana Mackenzie, e é autoria do Rev. Wanderson Luiz.

[1] http://www.moses.org.br/artigos/mostra_artigo.asp?ID=39 (da autoria de João Luiz Santolin e Sergio Viula)

[2] Para ter mais informações ler: ANKERBERG, John & WELDON, John, Os fatos sobre a homossexualidade, Porto Alegre: Chamada da Meia-Noite, 1997.


[3] Na Bíblia Nova Versão Internacional (NVI), o termo “malakois” é traduzido, por “homossexuais passivos”; e o termo “arsenocoitai” é traduzido por “homossexuais”, ou “homossexuais ativos”.

BIBLIOGRAFIA:


GRENZ, Stanley J. & Smith, Jay T., Dicionário de ética, São Paulo: Vida, 2005.

SANTOS, Valdeci da Silva, Uma perspectiva cristã sobre a homossexualidade, São Paulo:Editora Cultura Cristã, 2006b.

GRZYBOWSKI, Carlos Tadeu Macho e fêmea os criou: celebrando a sexualidade, Viçosa: Ultimato, 2. ed., 2003.

DALLAS, Joe. A operação do erro, São Paulo: Cultura Cristã, 1998.

ANKERBERG, John & WELDON, John, Os fatos sobre a homossexualidade, Porto Alegre: Chamada da Meia-Noite, 1997.

ZUIN, Affonso, A Resposta da fé: questões éticas atuais à luz da Bíblia. São Paulo: Cultura Cristã, 1998.

LOPES, Hernandes Dias, Casamento, Divórcio e Novo Casamento, São Paulo: Hagnos, 2005.

VAN GRONINGEN, Gerard e Harriet , A Família da aliança, São Paulo: Cultura Cristã, 2. ed, 2002.

VAN GRONINGEN, Gerard Criação e consumação, São Paulo: Cultura Cristã, 2002.

CUTRER, William e GLAHN, Sandra, Intimidade sexual no casamento, São Paulo: Cultura Cristã, 2001.

ADAMS, Jay E., Conselheiro capaz, 4. ed. , São Paulo: Fiel, 1984.

STOTT, John. Grandes questões sobre sexo, Niterói : Vinde Comunicações, 1993.

PRIOR, David. A mensagem de 1ª Coríntios: a vida local da igreja, São Paulo: ABU, 2. ed, 2001.

HENDRIKSEN, William, 1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito, São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2001.(Comentário do Novo Testamento).